segunda-feira, 17 de novembro de 2008

D2 desabafa: "é difícil fazer CD de rap no Brasil" Imprimir E-mail
Quando Marcelo D2 misturou o rap com o samba, teve seu pioneirismo reconhecido. Nesta quarta-feira, às 21h, ele recebe o tempero do rock de Pitty - relembrando o som pesado que fazia no Planet Hemp - ao mesmo tempo em que coloca seu suingue no tabuleiro da baiana. No encontro, que faz parte do projeto C&A Pop Music, e acontece no Vivo Rio, D2 vai apresentar pela primeira vez ao público carioca as músicas de seu novo CD, A arte do barulho, que chega às lojas no próximo dia 20. "Acredito que as pessoas preferem ouvir o que já sabem cantar, mas quero apresentar coisas novas. Das 13 faixas do disco, pretendo incluir umas nove neste show. Na minha carreira, sempre quis surpreender o público. Espero que a galera esteja disposta a ouvir", torce D2.
  • A arte do barulho já deveria ter sido lançado, mas acabou atrasando por causa da exclusão de alguns samplers (trechos de outras músicas que são incluidas incidentalmente nas faixas). Em alguns casos, o compositor da música sampleada proíbe a utilização do trecho, mesmo quando se trata apenas de alguns segundos.
  • "É difícil fazer disco de rap no Brasil", desabafa. "Já tive tantos problemas com isso que decidi enxugar ao máximo desta vez. Tento agir de boa fé, mesmo assim sempre alguém fica insatisfeito. É o meu disco com menos coisas gravadas e mais coisas tocadas".
  • Não é só no palco, com a Pitty, que Marcelo D2 divide o microfone. No novo álbum, ele convidou diversas participações especiais, como as cantoras Roberta Sá, Mariana Aydar e Thalma de Freitas, o filho Stephan, e o amigo de longa data Seu Jorge. Além disso, o álbum traz uma faixa instrumental com o auxílio luxuoso do teclado de Marcos Valle.
  • "As escolhas foram surgindo na hora em que fui fazendo as músicas. Quando elas começavam a ficar prontas, eu pensava: "essa precisa de um vocal assim, e chamava alguém", conta.
  • A contribuição mais curiosa no disco foi de uma menina carioca chamada Zuzuka Poderosa, que mora em Nova York e que D2 conheceu no Myspace.
  • "Ela faz um eletro funk e tem um vocal do jeito que eu queria em uma faixa. Enviei a música para ela nos Estados Unidos, ela gravou lá e mandou de volta. Nunca encontrei com ela pessoalmente. São os tempos modernos mesmo".
  • Para o show de lançamento e a turnê que se seguirá, Marcelo D2 também pretende fazer de uma forma que nunca ousou antes. A apresentação já tem data marcada, 6 de dezembro, na Lapa, ao ar livre.
  • "Quero fazer do lado de fora, na praça, de graça para a galera. As negociações para que isto aconteça desta forma estão em andamento. Se não conseguir resolver todas as burocracias, será no Circo Voador mesmo", garante. "Depois vou dar um tempinho e só começar a turnê depois do Carnaval. A idéia é correr o Brasil em um ônibus por dois meses".
  • Repertório feito na hora
  • A apresentação com a Pitty vai mesclar shows individuais e duetos, mas não houve muito planejamento até agora e, no palco, tudo pode acontecer.
  • "A logística exata de como será a noite a gente vai resolver na passagem de som", entrega o rapper. "Eu imagino que ela vá tocar primeiro, depois eu entro com a banda dela para um dueto, e sigo com a minha banda. No final, ela volta para terminarmos todo mundo junto, em uma grande jam session.
  • No repertório, músicas de ambos e covers
  • "Quero cantar Teto de Vidro com ela, adianta D2. "Também vou sugerir dividir o palco em Umbrella, da Rihanna, que ela já canta. É uma música bem pop, mas com a banda dela fica mais pauleira e dá para colocar um rap no meio".
  • Músicas do Planet Hemp também estão garantidas no set list de D2, como Contexto e Queimando tudo, e é do repertório de sua antiga banda que Marcelo imagina que virá a música que vai oferecer em troca à roqueira.
  • "Tenho certeza que ela vai pedir para cantar comigo Mantenha o Respeito. Ela se amarra em cantar essa".
  • JB Online

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